Silagem
MILHO PARA SILAGEM
A suplementação das pastagens durante a época da seca, ou do frio nas regiões no extremo sul do país, é um assunto que continuará sempre sendo objeto de preocupação por parte dos produtores. Por mais que se faça melhoramento de forrageiras para pastagem a produtividade dela será menor naqueles períodos, fazendo com que o produtor tenha que suplementa-la com um outro tipo de volumoso. Os suplementos mais comuns são as silagens, os fenos e a cana de açúcar picada e misturada com uréia.
TIPOS DE SILAGEM
SILAGEM DE PLANTA INTEIRA - É a silagem de milho mais conhecida e comumente utilizada.Consiste em cortar toda a planta de milho através de ensiladeiras adequadas, para posterior compactação e vedação no silo.
SILAGEM DE PARTE SUPERIOR - É a silagem de milho semelhante a anterior, com uma única diferença: a a planta é cortada da espiga para cima. O restante do processo como compactação e vedação é idêntico ao de uma silagem comum. Um dos aspectos importantes nesta silagem é o menor percentual de fibra e conseqüentemente, maior digestibilidade.
SILAGEM DE GRÃO ÚMIDO - É a silagem feita apenas com os grãos do milho.Consiste na colheita do milho quando os grãos apresentarem entre 35% a 40% graus de umidade, através de colheitadeiras convencionais, posterior trituração em moinhos adaptados, compactação e vedação em silos construídos em locais cobertos.
Ter alta qualidade de silagem é fundamental para a produção de leite e de carne. Quanto à silagem de milho, a qualidade está em grande parte relacionada com o teor de grãos na forragem ensilada, pois a silagem é um alimento energético e a energia está concentrada nos grãos. Em condições de fazenda, a quantidade de grãos pode ser estimada pela proporção de espigas, em peso, na massa verde total produzida, devendo ser superior a 40%. Quando feito em relação à matéria seca total, a relação de espigas deverá ser superior a 60%. Resultados recentes de pesquisas indicam que os grãos do tipo dentado são mais bem aproveitados pelo animal do que os grãos do tipo duro. Ultimamente, o teor e qualidade da parede celular (FDN) presente nas folhas e nos caules ganham importância na determinação do valor nutritivo da silagem.
ÉPOCA DE CORTE
A determinação do ponto de corte, é um dos aspectos mais importantes para alcançar a tão procurada qualidade . Teoricamente a época ideal é quando a planta oferece alto rendimento de matéria seca, alto nível de proteína e baixo teor de fibra,porém neste estágio a planta apresenta muita umidade, facilitando o desenvolvimento de bactérias indesejáveis ( clostridium) Na prática, a melhor época para o corte, é aquela em que o teor de matéria seca está ao redor de 28% a 35% o que corresponde ao milho na fase de grão farináceo .É também na fase de grão farináceo que a planta apresenta nível adequado de açúcares ( glicose, frutose, sacarose, etc ), principais fatores para uma boa atuação das bactérias produtoras de Ácido Láctico. O teor destes glicídios está diretamente ligado à espécie e principalmente a época de corte, onde quanto mais jovens as plantas, menor a quantidade de glicídios. Um fator a ser considerado por ocasião do corte, é o tamanho dos pedaços que a forragem recebe pela ensiladeira. Recomenda-se que a regulagem permita picagem em pedaços de 0,5 a 1,5 centímetros, o que facilita a expulsão do ar quando da compactação , favorecendo o processo de fermentação.
ADUBAÇÃO
A exigência de nutrientes é de cerca de 190Kg de N/ha, 21Kg de P/ha e de 230Kg de K/ha. Também pode ser feita parte da adubação de K via lanço.
RENDIMENTO
A produtividade pode ser a partir de 50ton até 80ton de matéria verde por ha.e de 15ton a 18ton de matéria seca por ha.